sexta-feira, 2 de maio de 2008
E me vejo de novo, de olhos fechados, vento soprando, lembrança ridícula. Sorrio, mas não um sorriso normal, um sorriso sarcástico, indiferente, antes disso chorei muito. Eles não vêem arte como eu vejo arte. Uma criança sabe de poucas coisas, alguns dizem. Sem titubear, já me ponho a defender a minha classe, não porque sei muito, mas por não saber nada, hein! O que acha? O ano que vem tudo muda, acho que irei concordar com eles, o ano que vem. Rio de novo e imagino que não seja isso mesmo. Sei que me abrirão novas portas, talvez eu tome o líquido para crescer, talvez eu tome o líquido e diminua, e esqueça da chave em cima da mesa de vidro, sem a chave não poderei abrir as portas que me foram abertas, daí me ponho a chorar. O ano que vem, pode ser que aconteça isso mesmo! Encontrarei uma falsa tartaurga e soldados de cartas irão querer cortar a minha cabeça, talvez, o ano que vem. Pode ser que eu entre pelo espelho também, pode ser que fotografe meninas nuas ou escreva um livro, o ano que vem, talvez, seja uma boa data. Se mudarei de lugar, que assim seja, mas não verei arte como eles, nem venderei arte como eles, ainda me vestirei com um vestido azul, e terei sonhos que não são sonhos, ainda defenderei minha classe. Ainda sentirei saudades e ainda sorrirei sarcástica.
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