domingo, 23 de março de 2008

inferno astral. de carneiro apaixonado, para carneiro odioso. ciclo difícil o desse ano. espero ansiosa o gozo final, afinal merecemos? às vezes acho que sim, às vezes acho que não. como faço para diferenciar a energia que mereço da que penso que mereço? oras, será que alguém pode me responder. não escondam-se de mim sátiros, sei que têns a resposta, respondam-me ora essa, peço de joelhos, uma ninfa ajoelhada, seu mundo de nariz pra baixo. o quê? a verdade verdadeira? sinto cheiro de tragédias e de coisas absurdas, só espero ganhar um bom papel nisso tudo.

sábado, 22 de março de 2008

Um dia um mago veio e me contou um segredo.Tal segredo dito numa noite de cobertor, com a lua recostada sobre o manto negro lático, disse-me com tal veracidade iluminada que em mim plantou uma semente chamada insaniam. O mago não sei se vi, esse dia naum sei se persistiu, mas sei o que essa semente quer de mim, e não só de mim, como de qualquer um. Pois digo-te ela está crescendo, tanto, tanto, e se expandindo para fora, quebrará com a estrutura que sou, e que somos, nunca cessará, nunca! Ela quer romper com isso, e se você não mudar, tudo bem. Mas à mim não renego, pois semente cravada, não se arranca a raíz e de mim não sai mais, ela conseguirá iá iá, maraia iar iaiaana naraira, rama.
(sem vencê-la, pois o mais difícil é vencer a si mesmo)

Non Je Ne Regrette Rien (tradução)

Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Nem o bem que me fizeram,
Nem o mal, tudo me parece igual

Está pago, varrido, esquecido
Eu estou farta do passado

Com minhas lembranças,
Eu alimentei o fogo
Minhas aflições, meus prazeres
Eu não preciso mais deles

Varri meus amores
Junto a seus aborrecimentos
Varri por todo dia
Eu volto ao zero

Minha vida,
Minhas jóias
Hoje
Começa com você

Michel Vaucaire/Charles Dumont

a quem dedico

Ontem foi páscoa... e o que comemorei? Bom, comi bacalhau, mas não por não poder comer carne, mas sim, pelo bacalhau estar caro! Sim, cultuamos as coisas caras, graças à deus. E para quem escrevo ora essa? Decidido nesse instante seguido, escrevo para o nada, pois cansei de escrever para pessoas vazias. Então sem hipocrisia, vamos pôr nossas linhas dedicados ao nada, que te escuta e que se cala. Escrevemos para o nada... não escrevemos para deus, não por não acreditarmos nele, e nem para o diabo, por o cultuarmos, escrevemos para o nada, pois o nada é mais ‘entendível’ que tais coisas. Explicado isto, explicarei que meus versos são dotados de certa inocência pagã ignorante misturada com certeza de razão inexistente, aos que entenderam, grata, aos que não, peço que parem por aqui pois as próximas seqüências os deixarão mais sem vontades e mais sem entendimentos. Válidas são essas palavras e ponto final